Quando já não tinha espaço, pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer acomodei
Minha dança, os meu traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha e assim ser tua
Quando já não procurava mais
Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas
E assim, no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim, no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver.
Nada do que eu fui me veste agora
Sou toda gota...
Que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra a sua boca
E mesmo que em ti me perca
Nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela
MARIA GADÚ
Um comentário:
é assim : às vezes somos chuva e às vezes sol..só precisamos saber como lidar com isso..eu reconheço que não sei.. peço ajuda..adoro teu blog,adoro tua poesia..beijos
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