Usando mascaras todos os dias
talvez eu não estivesse aqui agora.
Mas estou.
Por algum motivo desconhecido.
Continuo aqui.
Se cada vez que a felicidade tomasse conta de mim, eu parasse de escrever Talvez eu escrevesse para sempre.
Se a cada vez que as luzes se apagassem
eu chorasse,
não haveria motivo para sofrer.
Tanto,
que já não há mais importância.
Cometi o pior de todos os erros. Erro muito, e a cada erro, pioro mais. Tenho medo.
Tanto. Que nem em pensamento ouso pedir o que nunca terei.
Me assolam ao mesmo tempo. Impedem minha liberdade.
E o amor? 
O mais ínfimo dos sentimentos,
A hipocrisia plena.
Não pode haver amor, em meio ao descaso. Me acostumei ao descaso. Me acostumei a solidão. Não sei mais viver, sem ambos.
São todos loucos. Todos lobos. Tanta dor eu senti, que optei por me apagar. Estou morta para mim mesma,
para os outros já faz um tempo.
mas já disse mais do que deveria.
Durante muito tempo eu construí uma história em cima de um castelo destruído.
E pra fugir dessa realidade dura eu já encontrei mais de mil motivos.
Agora essas palavras de pessoas santas parecem música nos meus ouvidos.
Já que ficou quase insuportável ouvir a voz dos meus olhos aflitos. De tanto chorar depois que a festa acabar. Se eu não me matar, talvez eu peça ajuda para voltar. De um lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva. Na queda eu me despedacei mas eu já me permito mudar.
Eu olhei ao meu redor para reconstruir o meu castelo caído. Pra viver de bons momentos sem ter que ter os olhos escondidos. Já fiz até um testamento que não tem nada, nada, nada escrito. Já que a minha maior herança é a que eu vou levar comigo.
Pra evoluir, depois que o terror passar . Se eu não suportar talvez eu peça ajuda pra voltar. De um lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva. Na queda eu me despedacei mas eu já me permito mudar.
Esse meu ódio é... Meu ódio é... 
O veneno que eu tomo querendo que o outro morra.
Esse meu ódio é... Meu ódio é...
O veneno que eu tomo querendo que o outro morra.
by Neh
Ainda sinto os seus dedos em mim.
Fecho os olhos e te vejo aqui, percorrendo meus ombros,
acariciando meu pescoço.
Meu corpo se arrepiando.
Porque pensar é tudo o que eu tenho.
É só o que sei fazer.
E sentir já não posso mais.
E nem devo.
Porque nenhum desses sentimentos são para mim,
porque nenhum desses pensamentos acabam em mim.
Sou o tempo,
entre o existir e o desejar.
Sou o meio.
Sou um termo.
Sou apenas uma lembrança sem desdobramento.
E no mais intimo,
acabo não sendo nada.
É você que eu quero encher com meu gozo e
envolver com meu calor.
Segura-lo pelos quadris e força-lo a entrar dentro de mim, infinitas vezes.
Prende-lo.
Te-lo.
Come-lo.
Embriaga-lo com meu cheiro.
Perde-lo no vicio do meu ardor.
by Neh
