I
O corpo amanheceu gelado.
As mãos frias.
Gotas de sangue caídas do coração.
Escorriam pelo pulso.
Pingavam no joelho.
E molhavam o chão.
Ensopando as outras almas.
Almas perdidas, almas isoladas.
O sono não vinha. O sono não veio.
Não houve tempo para dormir.
A existência tornou-se inexistente.
Há amigos que são inimigos.
Família, que é mente. Semente.
Confusa. Traiçoeira. Sua.
Unicamente sua.
E há almas que são só almas.
Passando despercebidamente diante
De olhares apressados.
Algumas limpas, outras sujas.
II
Todas iguais
Todas diferentes
Almas boas, almas malditas.
Ignoradas involuntariamente pelos
Olhos que tem pressa.
Olhos que tem pressa, tão malditos
Quanto suas almas.
Preocupados apenas com suas retinas.
E o corpo ainda esta lá.
Há um cheiro desagradável exalando
Por todo o jardim.
As flores nem se incomodam já estão
Murchas e caídas
E as que estão vivas
Nada sentem ou
Fingem não sentir.
III
As flores não sentem
As almas não se importam.
Ninguém vê
E o corpo ainda esta lá.
Duro e estendido sobre os lençóis brancos
Mesclados com vermelho sangue.
IV
Havia risos na noite anterior ao corpo
Os gritos eram de alegria
O silencio simbolizou o sofrimento
O que veio depois?
Ninguém viu.
Por dias o corpo ainda esteve lá.
V
O corpo não esta mais lá.
Alguém se desfez dele.
Teve que abrir espaço para outra alma,
Mas o sangue ainda esta lá
Colado no concreto,
Grudado nos pensamentos de quem lá esteve
E hoje finge não ter estado
Mesmo se esfregarem, não tirarão;
O sangue secou.
Ficará marcado nas paredes
Até o dia em que elas desabarem.
Ficará lá, para fazer os olhos.
Enxergarem as almas
E para lembrar as almas
Que os corpos também sentem.
by Neh
Em 23 de Julho de 2005
Uma alma perdida resgatou uma alma insana.
Pra ti, Rafael.
Um comentário:
Assunto: O Amor
Data: 17/Mai 18:21
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O amor não encontra o amor.
Na verdade, reencontra.
Há um reconhecimento natural.
Não se explica; simplesmente é!
Quando um coração respira outro coração,
O Céu se abre... E algo acontece.
A luz chama a luz, na mesma canção.
Então, os dois corações tornam-se um só!
O amor é o sopro vital real.
Permite que dois seres respirem juntos.
Parece sonho, mas é real.
É luz na luz, de coração a coração.
O amor não reclama e jamais se exaspera.
Sua canção é linda!
E ele sabe que, às vezes, ela não é ouvida.
Mas, ele compreende...
Quem ama, sabe.
Compreende, e respira...
Pois, assim como a luz chama a luz,
O amor reencontra o amor.
O amor faz a luz transbordar do coração...
E tudo vira sol!
Isso não se explica, simplesmente é!
Só se sente...
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P.S.: Quando o poeta escreveu “que tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”, acho que ele queria dizer que um Grande Amor passou pelo seu pequeno coração.
Beijos de luz no teu coração.Uma linda semana.
Namasté!!!
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